Sixties

Muitas vezes eu penso que nasci na década errada. Um erro de digitação fez alguém me enviar para cá muito depois, provavelmente porque pessoas bem relacionadas passaram a minha frente na fila para a Terra.
Ter nascido final dos anos 40 seria perfeito para conseguir aproveitar todo o frisson dos anos 60 e os festivais de música durante a ditadura. Teria sido perfeito para enlouquecer e me exilar em Londres, para enlouquecer em Woodstock e viver os mais loucos anos já existentes nos últimos dois séculos. Para ver a onda de liberdade sexual, de expressão, de censura, de inovação musical, a tropicália, as manifestações, a participação política estudantil; tudo o que as décadas de ouro puderam nos oferecer, e que hoje eu vejo e apenas choro ou sorrio pesaroso por não poder ter vivido isso.

Caso eu fosse bem relacionado com certeza teria furado a fila eu, para vir na data certa. Mundo complicado, esse Ante-Terra.

Mundo pópico

Britney Spears nunca foi talentosa e sempre teve uma equipe maravilhosa por trás dela. Suas produções sempre foram megalomaníacas e milionárias. Com a sua queda por problemas emocionais e psicológicos a mídia enlouqueceu, a diva conseguiu seu lugar ao Sol sem lançar absolutamente nada; quando esperavam uma volta Britney subiu ao palco e mostrou que realmente não estava bem, o que derrubou as vendas de um álbum que muitos dizem ser maravilhoso, de título Blackout.

Com alguns meses de intervalo a mesma foi tomada por uma produção decidida e lançou o single Womanizer, já febre em todo o mundo, com um clipe muito bem produzido e no qual a cantora aparece muito bem - e nua -, para o espanto de todos. A mulher ressurgiu das cinzas, como uma fênix.

Como no mundo pop não precisamos falar de talento para mostrar a fama, Britney ganhou seu merecido - ao menos por todo o frisson que causou - lugar ao Sol, novamente.

Christina Aguilera sempre teve uma voz esplendorosa, porém sempre foi ofuscada pelo brilho de Britney. Suas músicas são um pouco melhores, e a mesma ousa mais do que sua concorrente, porém o mais importante num âmbito "pópico" Xtina nunca teve: uma produção monstruosa e toda a mídia em cima, seja por bons ou maus motivos.

Sempre a menina má e a que pouco se lixava para a moral e os bons costumes, basicamente a antítese de Britney. Aguilera sempre esteve atrás de Britney, sempre em sua sombra, e mesmo quando Spears caiu ela continuou apagada.

Há pouco tempo Aguilera voltou à mídia - secundária, como sempre - com seu álbum Back to Basics, com um visual completamente novo e com uma mudança drástica no estilo musical, ainda que dentro do universo "pópico" que conhecemos. Mais parecendo uma Pin-Up, casada, com um filho, loiríssima e com uma franja - dizem as más línguas copiada de uma celebridade virtual - reta.

Sua turnê de Back to Basics já terminou, seu DVD já foi lançado e ainda assim Christina Aguilera não consegue alcançar o que Britney consegue com reabilitações e crises descontroladas. Uma pena, a cantora tem um ótimo talento, porém uma produção nem de perto tão competente quanto a da megalopópica Britney Spears.

Gosto de dizer que temos as divas atuais do pop, e são elas:

Beyoncé, por suas músicas extremamente dançantes, sua voz extremamente forte, suas apresentações muito competentes e seu talento para a dança;

Christina Aguilera, por seu talento natural de voz, suas músicas de extrema boa qualidade e suas apresentações, nas quais a cantora mostra o real poder da sua voz;

Britney Spears, por honra ao mérito por tudo o que causou e pelo modo como conseguiu ressurgir de uma morte certa profissional.

As três têm seus méritos e merecem tais títulos.

Obama neles

Não acredito que estou presenciando em vida um momento tão crucial da história mundial. Em pouco tempo estará em todos os livros de história e será uma pergunta de colégio comum; e eu estou vivo para dizer que vi acontecer.
Eu nunca estive tão interessado em uma eleição presidencial dos EUA como essa.
O primeiro negro presidente da maior potencial Terráquea. Uma página certa em todo bom e mau livro de história geral do mundo. Isso é ver a história contemporânea acontecendo, e me deixando muito feliz.
Esperemos que o mundo ganhe muito com isso, enquanto isso só posso dizer: Arrasa Obama.

P. S.: Vale lembrar que os EUA vão ter a primeira-dama mais Fierce de todos os tempos. Smack.

sonhos e pesadelos

Eu realmente gostaria de descobrir o que significam os sonhos absurdos que nós temos à noite, incluo aí os pesadelos com sentido mas de pouca lógica real que conseguimos materializar na nossa mente.
Os sonhos podem expressar desejos ou algo parecido, mas creio que não seja isso, seria muito óbvio se fosse. Aquela coisa de interpretação de sonhos realmente é uma ciência complexa para mim.

Digo, o que eu deveria concluir de uma sequência de sonhos que incluem uma caça a um camundongo cego, de óculos escuros, que morde meu dedo e o cenário muda para uma escadaria de um bar em que amigos se cumprimentam e um deles sente vontade de soltar puns? E mais, depois ainda uma Annie Lenox absurda que ainda não consegui concluir me assalta com uma outra de baixa estatura e me dão um tiro com uma arminha que aparentemente não tem mais de cinco segundos.

Desafio qualquer intérprete a tentar pegar essa Jaca e decifrar o que isso quer dizer, porque eu definitivamente ainda não entendi.

A primeira publicação tratando do assunto de consumo de drogas onde não criminaliza o usuário e apresenta resultados reais e não um lado negativo e absurdamente deturpado do usuário padrão de drogas ilícitas da cidade do Rio de Janeiro. Parabéns ao Globo pela matéria e pela publicação sensata do assunto.
Com matérias como essa sendo publicadas e talvez o início de uma onda de publicações menos pejorativas sobre o assunto, a descriminalização do usuário esteja mais próxima do que muito de nós julgamos.
Digo, porém, que não acredito na liberação de porte e compra de Cannabis ainda para a geração atual presenciar, visto o complexo sistema que se faria necessário para um mercado negro que movimenta tanto dinheiro ser oficializado.